No que permito

Está no que permito, e não no que fazem,

os motivos de todas as contrariedades.

É quando não tenho o domínio sobre as ações,

quando abro mão de meu querer, de minhas razões,

é nesse exato momento que degusto

do gosto amargo de tantas inverdades.

Subestimados sentimentos, a perda da confiança,

dissimuladas presenças, espera que sempre cansa,

o vazio em todas as vezes que nenhuma luz orienta,

a falta de fé no que tenho, a força que não sustenta

e essa certeza absurda de que nada irá vingar,

vendo tudo o que ainda existe pouco a pouco acabar...

POETA VIRTUAL
Enviado por POETA VIRTUAL em 26/11/2009
Reeditado em 11/06/2013
Código do texto: T1945960
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