ENFADONHO AMOR

Violento esse amor que pouco suporta
e mantém o ódio escondido atrás da porta,
cuja saída é resumida num breve adeus.

Não fosse a tristeza exposta nos olhos seus,
eu não veria a verdade no gume que corta.
e estaria a chorar minhas mágoas.

Debaixo da ponte rolaram tantas águas,
e, mesmo assim, pouco ou quase nada mudou...
você não reagiu, apenas continuou.

E os problemas de antes continuaram pendentes:
você protelando, eles mais resistentes;
eu cansando de tudo, acomodando-me ao enfado.

Hoje penso que a sua aceitação
e a tamanha falta de compreensão
quer de nós, cada qual para um lado...



MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 16/09/2009
Reeditado em 22/05/2013
Código do texto: T1813811
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