Anseio da pétala...
Despenca o cabo da rosa finda,
Extinta beleza e a aromada flor.
Sem cor viço, num último gesto
Deslocar da pétala, a berlinda...
Gemendo a poeira que jaz o vaso
Ansiando o pistilo, cravando
Querer. Bálsamo no olhar e carinho
Luta sem trégua cravada ao espinho...
Sente estocar o vento bramido
Relembrando o passado. Um botão
Em ramas, no vergel eclodindo...
A gusa reluz cortante, o galho abatendo,
A roseira. Carpiu a pétala sua alusão
Enfeitar um bacio, no dia advindo...
“A Poetisa dos Ventos”
DETH Haak
14/6/2006