Fugidio amor...
Nas tralhas fragmentadas, juntas no canto a minha dor,
Nas arcas saudosas, imensas saudades que deixou.
Á buscar o renovo, retiro dos trapos poeira do Arpoador...
Cacos de um amor! Retratos e as plumas do condor
O poema amarfanhado sovado que tanto recitou,
As cortiças versam rótulos aflitos, a comover o Criador...
Sentado na soleira do ontem a tecer as tramas do que feneceu
Amor com tempo contado, bordando o bestunto que fui eu!
Levo encharcadiços lenços, lavando o amor que não foi meu.
Rezo ao senhor dos encantos avie, clareai o mofo que deu...
Persona ilusa no amor, vagando a esmo a utopia que teceu...
Cruzando alvitre, boiando na solicitude o que creu...
Marulhando ondas que sofreu, a fazer águas a nau do adeus.
No convés do infortúnio, a calafetar o que o cupim comeu,
Um amor cigano! Despatriado voltívolo, alancear que roeu.
O baú da crueldade, a dobra em volição, range que doeu.
Amarras de cabos fiados cerzidos no breu, a rever o que acometeu,
No porto agitado ao revés. O nevoeiro dolo, ruminando o que pereceu.
Apontando o norte o tufão que sopra forte o vagabundo errante
A insensatez aportada propalando talvez um novo amante
Ancora o desencanto no pontilhão, prenuncio de um viver instigante...
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
12/6/2006
‘
Feliz dia dos Namorado!
Nas tralhas fragmentadas, juntas no canto a minha dor,
Nas arcas saudosas, imensas saudades que deixou.
Á buscar o renovo, retiro dos trapos poeira do Arpoador...
Cacos de um amor! Retratos e as plumas do condor
O poema amarfanhado sovado que tanto recitou,
As cortiças versam rótulos aflitos, a comover o Criador...
Sentado na soleira do ontem a tecer as tramas do que feneceu
Amor com tempo contado, bordando o bestunto que fui eu!
Levo encharcadiços lenços, lavando o amor que não foi meu.
Rezo ao senhor dos encantos avie, clareai o mofo que deu...
Persona ilusa no amor, vagando a esmo a utopia que teceu...
Cruzando alvitre, boiando na solicitude o que creu...
Marulhando ondas que sofreu, a fazer águas a nau do adeus.
No convés do infortúnio, a calafetar o que o cupim comeu,
Um amor cigano! Despatriado voltívolo, alancear que roeu.
O baú da crueldade, a dobra em volição, range que doeu.
Amarras de cabos fiados cerzidos no breu, a rever o que acometeu,
No porto agitado ao revés. O nevoeiro dolo, ruminando o que pereceu.
Apontando o norte o tufão que sopra forte o vagabundo errante
A insensatez aportada propalando talvez um novo amante
Ancora o desencanto no pontilhão, prenuncio de um viver instigante...
“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
12/6/2006
‘
Feliz dia dos Namorado!