do amor
nas noites insones o amor não é lembrado em veredas ruelas o amor não é visto presságios favelas carência de tudo país de banguelas o amor ilusão quem se importa... e essas laranjas no edifício tijela? apodreçam-se as putas, vendam as crianças, banalize a causa e não se esqueça de dançar bonitinho na boquinha da garrafa... a mediocridade é um bem de todos e o amor não existe... dois vivas à selvageria... o amor macaquinho pulando de galho em galho, tento persegui-lo mas não sou macaco e caio, e mesmo em meu bairro em minha rua da porta pra dentro na frente da tela na sua o amor não é amado, o amor não é aceito, o amor centopéia com seus mil pés deu no pé, o amor carrinho de rolimã sem freio desceu a ladeira e eu me atirei no meio. ai que dor