NADA REAL
Não há desculpas, não há virada de lua.
Não há consultas, não há mesmo nem rua.
Não há convivências que fiquem tão escondidas,
Não há mentiras que não sejam percebidas.
Não há necessidade de insistir numa história,
que desde o começo nunca pode dar certo.
Não há mais razões para tanto embaraço,
ficar vigiando assim, cada passo,
de quem vive às escuras e não está por perto.
Não há mais em mim a pureza de outrora.
Ficou frágil demais o melhor que existia.
Hoje, qualquer pretexto me deixa em alerta,
quando penso preenchida minha alma deserta,
e acordo sozinha numa cama vazia...