Um Desejo apenas
Não quero um que cause espanto
Pelo imenso poder de consumir
O ser ao qual diz ser o amado
Não quero ser de menos adorado
Não quero demais adorar
Algo que já consumi-me
Por não se ter ainda onde construir
Não há necessidade de ficar pra depois
Posso também ser o objeto aurático
De mim mesmo sem destruí-lo
Quero apenas tê-lo sem destruir-me
Que ainda contido seja escrupuloso
Quero, todavia, só amar se amando.
29/05/06