Ao sonho, no ocaso do possível

Etéreo sonho,

De dogmas vazio,

Isento de tabus, leve de certezas

Puro sem pureza.

Nos nãos renascido

Brotado dos risos, em lágrima, calados

Da fronte cerrada

Em querer-não-poder.

Bravo revives

- teimosia das noites -

À dura jornada

De infindável impeço.

Quiçá,

Na curva tua, distante

Esconda-se a felicidade.

Se falta a vida

Que sobre o sonho

Que triunfe o delírio

No ocaso do possível.