RESTOS
O que de mim se esquece,
decerto, por mim foi esquecido.
E nos desvios que seguem os pensamentos,
quando a alma navega pelos tormentos,
para nada mais dou ouvido.
Em mim trago algumas dores,
porque dessas, muitas vezes, não me liberto.
E o que tive como certo,
um dia, também teria partido.
Num piscar de olhos, tudo foi vivido...
E o que passa não é o passado,
é o tempo diluído em imagens, falas e gestos.
Palavras que ficam, quando assimiladas,
esquecimento de lembranças apagadas,
pouco que me servem... restos.
O que de mim se esquece,
decerto, por mim foi esquecido.
E nos desvios que seguem os pensamentos,
quando a alma navega pelos tormentos,
para nada mais dou ouvido.
Em mim trago algumas dores,
porque dessas, muitas vezes, não me liberto.
E o que tive como certo,
um dia, também teria partido.
Num piscar de olhos, tudo foi vivido...
E o que passa não é o passado,
é o tempo diluído em imagens, falas e gestos.
Palavras que ficam, quando assimiladas,
esquecimento de lembranças apagadas,
pouco que me servem... restos.