CIO
CIO
No derme de tua retina
Eu, verme, a rastejar no teu cio
Embargado sem luz
Iluso, confuso
No obtuso de tuas curvas ofegantes
És águas revoltas
Mas de mares já d'antes navegados
Por outros aventureiros
Náufragos sem nexo
Amotinados por sexo
Meus insistentes porquês
De incisivas perguntas
Incógnitas respostas
A esse explícito desejo
Megera,
Quisera eu,
No crepúsculo crépido
Desta suja e suada sina
Ser uma vela velada
Levada aos ventos vorazes
Nos vagos vagões
De tua vida vadia