CIO

CIO

No derme de tua retina

Eu, verme, a rastejar no teu cio

Embargado sem luz

Iluso, confuso

No obtuso de tuas curvas ofegantes

És águas revoltas

Mas de mares já d'antes navegados

Por outros aventureiros

Náufragos sem nexo

Amotinados por sexo

Meus insistentes porquês

De incisivas perguntas

Incógnitas respostas

A esse explícito desejo

Megera,

Quisera eu,

No crepúsculo crépido

Desta suja e suada sina

Ser uma vela velada

Levada aos ventos vorazes

Nos vagos vagões

De tua vida vadia

Ibhere Pimentel
Enviado por Ibhere Pimentel em 09/05/2009
Código do texto: T1584696
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