DEMÊNCIA
No azul sonhado do meu sonho jovem,
salpica o branco
e aos borbotões o rosa.
No azul
sonhado
de quem tudo sonha,
não deixa,
nunca,
de pingar carmim...
O tempo é curto,
tenho pressa...
O tempo
veleja azul pelo meu mar de sonhos.
Não chego ao porto
que volteio sempre,
tanto que o vejo,
que o pressinto longe...
Ó sonho,
sonha,
sempre azul,
pingado de ouro e vermelho
entremeando o branco...
Quero uma rosa bem no centro,
sonho,
que se deixe mudar em mar depois.
Aqui o braço,
põe a agulha,
extrai,
gota por gota,
a minha vida inteira.
Então, então o porto aí, enfim,
água vermelha,
sangue,
água,
sangue...
o porto!
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