Liberte-me
Acordo com a luz matinal perturbadora do sol
Aprisionada em meus medos não sei nem como cheguei aqui
De um sorriso melancólico surgistes, em meios estranhos
Que contradizia e dizia as palavras que soavam
Num tom alterado de minha garganta que arranhava
E praticamente implorava por um grito de dor.
Dor moradora de meu peito e possuidora de minha carne
Mais aparecestes do nada
Melancólico e cabisbaixo, porém determinado
E nas escadarias obscuras do tormento
Fez-se do desejo um beijo
Que logo fora intimidado pelo medo
Não conheço a ti
O que pretendes aqui?
O que queres de mim se a angustia tudo me tirou?
Brilho dos olhos
Calor do corpo
Hálito saudável....
E tudo o que me deixara foi este vazio no peito
Encubras este enorme buraco em meu seio.
Tira-me o desprezo pela vida
Tira-me desse mundo de perdição e trevas
Não me deixes pois possuo um medo incontrolável do escuro.
Faça-me sonhar ou ao menos dormir.
Só me leve embora daqui....