Liberte-me

Acordo com a luz matinal perturbadora do sol

Aprisionada em meus medos não sei nem como cheguei aqui

De um sorriso melancólico surgistes, em meios estranhos

Que contradizia e dizia as palavras que soavam

Num tom alterado de minha garganta que arranhava

E praticamente implorava por um grito de dor.

Dor moradora de meu peito e possuidora de minha carne

Mais aparecestes do nada

Melancólico e cabisbaixo, porém determinado

E nas escadarias obscuras do tormento

Fez-se do desejo um beijo

Que logo fora intimidado pelo medo

Não conheço a ti

O que pretendes aqui?

O que queres de mim se a angustia tudo me tirou?

Brilho dos olhos

Calor do corpo

Hálito saudável....

E tudo o que me deixara foi este vazio no peito

Encubras este enorme buraco em meu seio.

Tira-me o desprezo pela vida

Tira-me desse mundo de perdição e trevas

Não me deixes pois possuo um medo incontrolável do escuro.

Faça-me sonhar ou ao menos dormir.

Só me leve embora daqui....

Tamires Ibraima
Enviado por Tamires Ibraima em 18/04/2009
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