Anjo

Linda moça dos olhos sãos

que me afogam no vale negro do desamor

quando lembro do imenso vão

que criastes em mim

no momento que se ajoelhou

nos pés do senhor dos seus

Esqueceu-se de recordar

que eu sim, a queria indiscutivelmente

mas você se perdeu na luz

achou-se nova

e eu velho, seu.

Amargo, dolorido, insolente

padeço no chão

rubro como as nuances de seus cabelos

esquecido nas sarjetas do dúbio amor

- Duas caras, mal caráter

Debati-me na frieza, na friagem

e morri.

E você renovada, volta

Volta menina

e olha por mim,

Chora pelo que fui

- Fraco, intolerante, incrédulo

Me perdoa por tudo que covardemente não fiz

Me aquece com piedade

Fortaleza.

Uma pureza de céu que nunca vi.

Tati Nantes
Enviado por Tati Nantes em 14/04/2009
Código do texto: T1538824
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