RAPARIGA
Ó malfadada rapariga dos olhos pequenos
Vens de alhures ? De algum lugar !
Te pisam com olhares de venenos
Como quem julga os outros a mudar.
Se és de um instante qualquer;
Da moeda, do prazer,
Que tem eles a dizer
Se a ti não respeitam sequer.
Rapariga, te verei sempre inteira
Já que da vida - só desprezo -
Levarei a esperança mesmo que não queira.
Se me entenderes, que não haja desconfiança
Por tua parte, pois rezo
Pra que esta minha fé não chegue com tardança.
Do escrevedor de versos: tabayara sol e sul