Por ser muito ator
Converte-se o coração de um desesperado
A perseguir o que perdeu
Em pó e cinzas e sangue derramado
Tonto em um olhar abestalhado
Sem saber pra onde ir nem a quem recorrer segue
Às palpadelas no escuro breu
Desolado e triste
Sofre por escolher sofrer
Mente-se
E por ser muito ator
Ri-se
Da desgraça que a si mesmo escolheu
Onde estará a luz do meu olhar
Minha fugaz estrela
Que no céu riscou e desapareceu
É tarde
Por tanto orgulho até a ínfima amizade
Que era boa e atenta e amorosa
enfim
morreu