ÀS VEZES EU, SEMPRE ELA

Teu olhar nunca se derrama a me procurar,

Não se lembras de mim.

Nunca se esqueces dela.

Tuas mãos a exploram de um hemisfério ao outro,

Quanto à mim, recebo nacos de tuas palavras impressas.

Teu cheiro é por ela aspirado ambudantemente,

Eu nem sei se usas ou não perfumes.

Tú te contentas em ler-me,

Nunca me ligastes dizendo: “Estava louco de vontade de ouvir-te”.

Meus olhos nunca estiverem perdidos nos teus,

Muito menos teu braço me enlaçaram.

Devo ficar no meu cantinho?

Quietinha? Esperando, esperando ....

Que venhas?

Ou que minhas asas cresçam e me levem pra longe?

Que queres tú de mim?

Às vezes, sei que pensas em mim,

Mas, sei, que sempre pensarás nela.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 17/11/2008
Código do texto: T1288545
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