ÀS VEZES EU, SEMPRE ELA
Teu olhar nunca se derrama a me procurar,
Não se lembras de mim.
Nunca se esqueces dela.
Tuas mãos a exploram de um hemisfério ao outro,
Quanto à mim, recebo nacos de tuas palavras impressas.
Teu cheiro é por ela aspirado ambudantemente,
Eu nem sei se usas ou não perfumes.
Tú te contentas em ler-me,
Nunca me ligastes dizendo: “Estava louco de vontade de ouvir-te”.
Meus olhos nunca estiverem perdidos nos teus,
Muito menos teu braço me enlaçaram.
Devo ficar no meu cantinho?
Quietinha? Esperando, esperando ....
Que venhas?
Ou que minhas asas cresçam e me levem pra longe?
Que queres tú de mim?
Às vezes, sei que pensas em mim,
Mas, sei, que sempre pensarás nela.