Desilusão
Tal qual mar revolto em noite sem lua,
Andarilho sem rumo, andante da rua.
Augruras que nos remetem à murmúrios,
Lágrimas substuindo o orvalho em Antúrios.
Busca demente por um nada,
Elo perdido, tropeço da madrugada.
Olhos que teimam à não cerrar.
Boca calada, trancada sem beijar.
Vontades trancadas, oprimidas.
Ilusões disfarçadas em mediocridades vividas.
Um gemido, um respirar arfante.
Na alma a impressão real,
De que nada será como antes.
Ponto final.