Mundo indiferente

No telhado,

os pingos grossos de chuva

caem.

Na cama,

os meus pensamentos

se esvaem.

Estou só,

sozinha estou.

Triste,

sem ter arrimo,

mergulhada na tormenta

luto, me exprimo.

Ninguém me ouve.

Não sou mais que um pária

que paira sob a escuridão

de um mundo omisso, indiferente,

que não sente

e finge que sente.

Mundo que mente!

Nadir de Andrade
Enviado por Nadir de Andrade em 17/03/2006
Código do texto: T124252