Mundo indiferente
No telhado,
os pingos grossos de chuva
caem.
Na cama,
os meus pensamentos
se esvaem.
Estou só,
sozinha estou.
Triste,
sem ter arrimo,
mergulhada na tormenta
luto, me exprimo.
Ninguém me ouve.
Não sou mais que um pária
que paira sob a escuridão
de um mundo omisso, indiferente,
que não sente
e finge que sente.
Mundo que mente!