Livro perdido
Andei por ruas desencontradas
Procurando encontrar a mim mesmo,
Pena que, dentre o silêncio e a fúria,
Não exista mais desejo.
Prometemos
Aquilo que não podia ser prometido,
Desistimos
Do que é chamado de destino.
Caminhei por ruas desencontradas
Procurando a ti,
Infelizmente, entre a face e o espelho,
Tudo sempre está a ruir.
Iludimo-nos
Onde esperança há,
Cometemos erros,
Pois, no tempo,
Não há como voltar!
Vagueio entre ruas sombrias
Por que não estás mais comigo,
Lamento que não haja mais luzes,
Estou no escuro, ferido e sozinho!
O sempre não existe,
O tempo é uma roda que gira, incessantemente,
Sem haver limite.
O ontem e o amanhã? Tornam-se “Ilusão”!
Tudo esvaece, inclusive,
O amor e a própria razão.
O tchau torna-se Adeus,
E o coração do poeta?
Um livro perdido,
Que ninguém,
Nunca mais,
Leu!
RS Schindler (Renan Souza)
01/01/2021