Debaixo das pedras
O mistério por debaixo das pedras,
É como os sentimentos que escondi.
Erguida a pedra, seres rasteiros correm.
São os meus fantasmas, eu os reconheci.
Eu vejo as pequenas patas
E lembro dos dedos finos.
Eu as vejo correndo e se afastando,
Não é a primeira vez...
Quanto mais eu olho,
Mais me vejo debaixo das pedras.
Serei eu mais um fantasma?
A falta de sentir me mata.
E eu não me reconheço mais.
Talvez, só conhecesse por olhos alheios.
Sem os olhos, restou apenas o escuro...
Talvez, eu já esteja debaixo das pedras.