As feridas
Sangro o meu peito em silêncio profundo,
Não quero falar de amor, nem sentí-lo de novo
Me basta a tentativa e o desencanto
De todo amor doado, o recibo foi em pranto!
Não quero amar outrora , com a mesma intensidade...
Nem perder-me, tentando o impossível,
Dar-me mais do que recebido
E receber menos que o oferecido!
Basta! Não quero novos começos
Não quero, inevitáveis fins...
Acostumar- me com os cheiros...
Nem flores, girassóis, nem jardins !
Por ora! Eu quero descanso!
Descanso pra alma ,leveza pra vida
Sem juras ditadas, escritas ,nem lidas..
Apenas repouso, até curar-me as feridas!