Naquele quarto

Naquele quarto me sentia só
não via luz, não tinha voz
nem o som ao lado
e veio o nó
em minha garganta
que desatou
feito cachoeira.

Trazidas pelo vento, feridas
de uma vida inteira
há tempo já vividas
instante que eu senti
o sol me invadir sereno a dentro
me afoguei, me machuquei
naquela água ardente.

E assim passou o tempo
a noite e o vento
me deparei que em meio a beleza
existe dor entre as paredes
tão perto ao mar e o mar na cama
como se fosse onda
pra levar quem tanto amei.
Ademar Sandim
Enviado por Ademar Sandim em 08/08/2020
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