Amor fragmentado

Amanheceu, e eu, sem a faixa etária para amar me excluo dos olhares, dos olhares que já são sinônimos de azares.

Às vezes me pergunto quando irei amadurecer e saber lidar com o amor que cresce, caminha, seca e morre dentro de mim.

Às vezes a ordem não é nem essa, mas no final ele morre, morre por imaginar as mentiras que me conta, morre por saber que não sou o melhor que poderia ser, morre por pensar sempre que há alguém lá fora que pode te dar em dobro o que eu te dou fragmentado.

Anoiteceu, e eu, que passei o dia refletindo sobre o amor que caminha se esquivando dos lábios que sussurram: te quero!

E eu só ouço o grito final entre o secar e o morrer.