Espero...

Eu espero não estar presente quando você retornar. Anseio, grandemente, menosprezar todos os nossos momentos. Guardá-los-ei na parte mais intrínseca do meu coração. Mas, tu, não és digno de qualquer resquício de culpa que eu venha a nutrir. És um exemplo infame do que eu não quero mais experienciar. Quero lhe encontrar em alguns momentos, apenas em pensamentos, não quero que o motivo da minha, outrora, angústia, se materialize. Espero resetar todas as nossas memórias. O corretor do meu celular ainda insiste em trazer à tona o seu nome. Ora, tão acostumado a falar sobre você.

Seu nome povoa tudo a minha volta. Não há feridas. Há histórias. Queria que você amasse minha fascinação oceânica em querer desbravar o mundo. Você ama, mas não pretende nadar comigo até os confins da terra. Em meu corpo, ainda sinto seus braços. Meu olfato, eternizou o cheiro da sua pele. Minha auscultação, eternizou a sua voz. Minhas retinas... perpetuaram a sua imagem. Seu sorriso dilacera qualquer torpe tentativa de tentar esquecê-lo.