"Pro onde andei..."

Andei por tanto tempo no escuro que nem percebia mais a beleza do nascer do sol.

Foram tantas teorias que não me deixaram enxergar o verdadeiro caminho da prática.

Promessas jamais cumpridas, críticas que jamais deveriam ser ouvidas.

As noites se transformam em dia, as dores viraram agonias. E nada, nada vira verdade.

São tantas incertezas e dores que tira a vontade de sorrir.

No silenciamento de uma madrugada, poucos ouvidos que já te escutam, apenas a dor infinita do silêncio da noite sofrida, em uma rua escura, que só a dor grita.

São postes que não falam, são casas cheias que parecem vazias e assim vou caminhando, caminhando não sei até onde, esse infinito de silêncio que não termina.

Vem sol, lindo sol, que te espero no final da rua, sozinha e crua.

Mauricele Maia
Enviado por Mauricele Maia em 10/11/2019
Código do texto: T6791928
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