"Pro onde andei..."
Andei por tanto tempo no escuro que nem percebia mais a beleza do nascer do sol.
Foram tantas teorias que não me deixaram enxergar o verdadeiro caminho da prática.
Promessas jamais cumpridas, críticas que jamais deveriam ser ouvidas.
As noites se transformam em dia, as dores viraram agonias. E nada, nada vira verdade.
São tantas incertezas e dores que tira a vontade de sorrir.
No silenciamento de uma madrugada, poucos ouvidos que já te escutam, apenas a dor infinita do silêncio da noite sofrida, em uma rua escura, que só a dor grita.
São postes que não falam, são casas cheias que parecem vazias e assim vou caminhando, caminhando não sei até onde, esse infinito de silêncio que não termina.
Vem sol, lindo sol, que te espero no final da rua, sozinha e crua.