Espere-me...
Até na intensidade indizível dos seus olhos, procuro um abismo. Precipício? Essa nossa quase relação. Despi minha alma e ganhei apenas os espinhos. Tu, pequeno soldado, perdeu a guerra. Chegaste como uma bomba de Hiroshima, mas seus compostos químicos eram de qualidade duvidosa. Espero encontrá-lo na tão famosa "eternidade", a reputada inconquistável. Eu, leiga no amor, deveria saber: algumas histórias não nasceram para acontecer. Existimos e fim. Talvez eu te encontre em meus pensamentos, em alguma esquina, em uma boa memória, lembranças. Pudera eu, manusear meus pensamentos, torná-los tateáveis. Não sou capaz de suprir seu ego exacerbado. Logo tu, rígido no que diz, mas poeta em suas atitudes. Eu, flor. Você, cacto. Nossa relação? Beira o devaneio. Te espero no próximo precipício da nossa história...espere-me...