Adeus, amor. Olá, valor.
Personagem tóxico
Me sussurra sonhos unilaterais
Me cega sobre o real
Adeus sentimento canibal
Que me faz ir além do necessário
Dar passos mais do que é preciso
Me alimenta com invenções
Me engorda de insatisfações
E me regurgita com depressão
Sentimento louva-a-deus
O tempo percorre e sobrevivo
Me reergo e agradeço pelo homicídio
Aprendi que não tem que vir de mim
Ela é ela e eu sou eu
Dois sujeitos e um monte de improviso
Foi por errar antes que agora não me precipito
Agora pergunto o que vai ser
Não serei vidente humilhando-se por clemência
Pra um menino destino esquizofrênico
Valorizo cada momento
Pois aprendi a reconhecer o esforço tentando vencer os impercilhos
E apresentar meu verdadeiro sujeito
Sem me limitar por ter medo
De não ser o suficiente por uma pessoa também imperfeita