Se i tu
Se não rissem os rios como rimos nós
Não seríamos os seres que são aqueles bobos
Mal embriagados de seus vinhos vindos vez da vinícola,
Vez das vésperas de vossas saídas, vez de nós.
E se as folias florescessem por flores a fio
Nossas alegrias alegres seriam como aqueles alegres bobos
Embriagados do vinho de nós.
E tão pouco seria ser fácil o difícil,
Seria ser doce o amargo,
Seria ser áspero a tez,
Seria ser manso o conflito,
Seria ser tu meu eu.
E todo toldo que em todo me cobria
A tudo se calou em todo, em completo,
Sob o toldo para da chuva se abrigar.
São só cartas, amor, de amor
Amor amorecido dos rios que riam
Ao levar amores água abaixo.
Seria Iara sereia (um) ser tão cruel?
Logo ela, amante mãe, mãe d’água,
Amante do rio, e que de si ria.
Mas não desceria ao fundo tragando
O amor de alguém
Que nem se quer saberia
Se foi amada também tão bem quanto amou,
Tão bem quanto rio, quanto o rio,
Quanto ao cio, quanto si.