Falsos poemas

Olhei em seus olhos, mas eles nada podiam me dizer

As íris que antes me estremeciam o corpo, agora me faziam sofrer

O azul puro se tornara manchado e o espírito corrompido

Já não existia mas um amante, apenas meu coração partido.

Por mais brilhantes que sejam os poemas, eles descrevem uma ilusão

Pois a dor que corroei a alma, é a mais profunda solidão

Não se pode encontrá-la na morte, pois esta é uma perda viva

E cada vez que abro meus olhos, involuntariamente toco a ferida.

Sem flores, açucares ou qualquer matéria para recuperar a confiança

Nem mesmo o tempo contém o poder de curar

O esquecimento é uma condição humana, que recusamos a aceitar

Vivendo desconfiados e em uma duvida eterna dentro de nós mesmos.

Não deixando mais íris azuis me estremecerem ou partirem meu coração

Caminho sozinha tentando compreender a louca razão para amar

O confuso e cruel sofrimento causado pela necessidade humana de emoção

Tentando explicar para mim mesma o significado que carrega a paixão.

Sueli Zubinha
Enviado por Sueli Zubinha em 20/01/2018
Código do texto: T6231032
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