Buraco raso
Na profundidade desse buraco raso procuro a existência minina de sensibilidade.
Separo ingratidão para um lado, desamor para outro e tento arrancar umas ervas daninhas de desumanidade.
De tudo que achei não encontrei o mínimo resquício de afetividade.
É melhor tapar esse buraco para que ninguém perca tempo a procura de algo a que se valha.
Fincar um lápide sobre ele com os dizeres:
Jaz fosso vazio de amor.
Ruinas de um coração insensível.