IMPOSSÍVEL

Quero falar mal de ti

Tento mas não pode ser

É o mesmo que morrer de sede

Estando bem próximo d’água

E não podê-la beber

Te odiar também tentei

Qual nada, foi tudo em vão

Pois o amor insiste, perdura

Assim como água mole

Que sempre ganha a batalha

Batendo na pedra dura

Por quantas vezes quero afastar-me

Achego-me cada vez mais

Pareço uma corda bamba

Se fosse para comparar

Diria que eu sou a corda

E que tu és a caçamba

Livrar-me de ti não posso

És a raposa eu sou a uva

Tenho que me contentar

Já que o destino assim ditou

Eu sou a mão, tu és a luva

Ignácio Santos.

ignacio santos
Enviado por ignacio santos em 28/05/2016
Código do texto: T5649713
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