IMPOSSÍVEL
Quero falar mal de ti
Tento mas não pode ser
É o mesmo que morrer de sede
Estando bem próximo d’água
E não podê-la beber
Te odiar também tentei
Qual nada, foi tudo em vão
Pois o amor insiste, perdura
Assim como água mole
Que sempre ganha a batalha
Batendo na pedra dura
Por quantas vezes quero afastar-me
Achego-me cada vez mais
Pareço uma corda bamba
Se fosse para comparar
Diria que eu sou a corda
E que tu és a caçamba
Livrar-me de ti não posso
És a raposa eu sou a uva
Tenho que me contentar
Já que o destino assim ditou
Eu sou a mão, tu és a luva
Ignácio Santos.