um dia sem Aurora
comparo o Brasil a uma mulher muito bela
que atrai os mais diversos tipos de homens
e mulheres pra ela
com suas práticas comuns à sociedade
– cobiça, ciúme, inveja, perfídia, vaidade –,
mas todos falando em bondade
dentro de diferentes religiosidades:
terreiros de umbanda, candomblé,
templos, igrejas, sinagogas até
uma sina essa insígnia
da voracidade insaciável
que reduz a bela mulher à feiura
de um maracujá desdentado,
retirando-lhe a cada dia
até a aurora do dia