Devaneio
Andando sem rumo
Largando meu prumo em um ponto qualquer
O que ela esta fazendo agora?
Deve não ser da minha conta
E porque deveria ser?
Estando preso na possibilidade de te querer
Junto à hipótese de ser um não
Um agir em vão, sem saber se ela é,
Ou vai ser a musa do meu sonho
O motivo do meu lírio não tristonho
O ar solto e oco que talvez vá partir daqui ao nunca mais
E que tudo não seja mais puro ego
Meu espaço fraco cintilante
Querendo, se rendendo estar constante.
Ao lado do sorriso teu
Meu ceticismo louco e ateu
E de pensar que cada ato meu
Reflete o querer, de um mero beijo seu.
Fica o anseio e a certeza
Algo que veio com clareza
Ela não vai me olhar
Quando do seu lado eu passar
E se o fizer, vai desviar por um instante.
Relutante, dizendo não querer me magoar...