Devaneio

Andando sem rumo

Largando meu prumo em um ponto qualquer

O que ela esta fazendo agora?

Deve não ser da minha conta

E porque deveria ser?

Estando preso na possibilidade de te querer

Junto à hipótese de ser um não

Um agir em vão, sem saber se ela é,

Ou vai ser a musa do meu sonho

O motivo do meu lírio não tristonho

O ar solto e oco que talvez vá partir daqui ao nunca mais

E que tudo não seja mais puro ego

Meu espaço fraco cintilante

Querendo, se rendendo estar constante.

Ao lado do sorriso teu

Meu ceticismo louco e ateu

E de pensar que cada ato meu

Reflete o querer, de um mero beijo seu.

Fica o anseio e a certeza

Algo que veio com clareza

Ela não vai me olhar

Quando do seu lado eu passar

E se o fizer, vai desviar por um instante.

Relutante, dizendo não querer me magoar...

Álvaro França
Enviado por Álvaro França em 17/04/2014
Código do texto: T4772693
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