DEIXAR DE QUERER

Quis mais

E quis sempre, sem

Saber que o sopro da vida dependia

Mais da intensidade dos meus olhos que dá

Força de meus pulmões...

Quis estar! ...

E quis chorar... Uma lágrima

Incontida, perdida entre soluços tão claros quanto

O desespero de uma criança.

Quis encontrar o erro tanto quanto

Pudesse correr durante um dia de temporal!

Mas não tinha nada, não sabia de nada...

Só um sentimento alimentado, evasivo,

Exausto, mal intencionado...

Quis esquecer...

Mas que impetuosidade

Foi pensar que um borrão não deixa marcas...

Ah as marcas!

Que deixamos, que sofremos...

Eternizadas em nossa alma.

E que ainda assim,

Nos faz querer deixar, deixar estar...

nem ser e nem ter!

O amor cobrado é perda,

É desalento, desumano!

Antes então e tanto, melhor seria se abastecer de outros sonhos,

Caminhos e contos, ainda

Que o passo se torne mais longo.

Antes a marca de uma ferida do que

Uma vida pedida.