Meu coração enegreceste

Esse amor era tudo era mais

na verdade era tudo o que eu tinha

de doce e não terei mais

já não vivo com a paz de outro dia

Agora só resta seguir

sem ouvido pra maledissência

por você cortejei a virtude

mas sou roto por sã natureza

Brindarei o prazer que existe

comerei do manjar da maldade

sem você não há necessidade

de voltar a boa meninice

Pois ser bom é ser mal pra consigo

apanhar não é mais que fraqueza

quebrarei suas leis de respeito

no jantar vou virar sua mesa

A vingança tem gosto gostoso

dos seus beijos eu já me esqueci

são pra mim um motivo de nojo

sua doçura é só fel que senti

No final vou cortar os meus pulsos

pois eu mando, já não digo sim

vou jorrar o meu sangue em seu rosto

seu caixão está dentro de mim

Com palavras semeio a guerra

que adormesse em uns corações

meu salário é ouvir que tu berras

e com dor tens alucinções

E que sempre tens medo de mim

minha medalha é saber que estás louca

e que à noite murmuras meu nome

já não falas, não vês, não sorri

Mas se um dia eu te ver na sacada

em tormento, em pranto, embaraços

se jogando pra morte esperada

pois pensava em cair nos meus braços

Chorarei, beijarei o teu rosto

te direi que pra sempre te amei

em teu rosto, meu sangue com gosto

desse ferro com que me cortei

Bandeirante do Universo
Enviado por Bandeirante do Universo em 29/10/2010
Reeditado em 10/09/2011
Código do texto: T2585885