Poeta das Galáxias
No centro de uma galáxia
Rodeada de gases brancos
Comprimidos em espiral,
Há um horizonte de eventos
De um buraco negro.
Essa enorme acácia
Envolta de tantos encantos
Atrai ao seio descomunal
Estrelas de todos os alentos
A sua gravidade negra.
Belo universo de cantos
Por que ignora o pranto
Que a natureza chora?
Oh universo estranho
O som da tua entranha
Parece oração que implora!
Implora entender tua versão
Os tolos, os incautos, os vãos
E tantos estudos que estão
Na ordem e desordem do caos.
O que te define então
Senão uma excêntrica acácia?
Adoto essa ampla visão
nessa divertida falácia,
Para que eu seja senão
Uma poetisa das galáxias!