De Ti, Que Nunca Soube Escrever
De ti, que nunca soube escrever;
Do bem, que eu nunca soube pensar;
A luz que eu nunca soube como amar;
O brio que nunca soube perceber.
A graça que não soube receber;
E a apatia que me está a dominar;
Sabe a esperança que está a fraquejar;
Mas caminha, sem querer se arrefecer.
E o lápis que se encontra em minha mão;
Vê o bem, que tão rápido passou;
E seguiu, sem lhe dar uma razão;
Mas ao bem, que ao Céu agora se juntou;
E se uniu ao Divino Coração;
Com tristeza, o meu lápis versejou.