Imensidão
Olho para o alto.
De onde vem a inspiração.
Do cume do monte.
É onde nasce a melodia e corre o refrão.
E do outro lado.
Além do que o olho vê.
Nuvens que ofuscam a visão.
Na rota diante de nós.
Incertezas então.
E se volto os olhos para trás.
O vento já cobre os rastros e trilhas que deixei.
Por onde passei.
Fui rendido, sacudido e moído.
A estrela que no horizonte um dia foi o norte.
Hoje já não brilha sua luz como outrora.
Esta correu, se esvaziou e foi embora.
Mas ainda quando o vento sopra.
A temperatura cai e as circunstâncias mudam.
Encontro alento no quarto vazio.
Em versos, de canção em canção.
No silêncio que tranquiliza a alma.
A voz que fala estremece o espírito.
Trazendo descanso, paz e juízo.