ASA BRANCA
ASA BRANCA
Saudades da plantação... Vou- me embora
De volta pro meu sertão! Quero sentir o cheiro
Do alazão cavalgando lépido pela caatinga...
Saudades da água fresca do ribeirão de vara na mão!
Da canoa singrando rio abaixo pela correnteza...
Na singeleza do silêncio nos cantos da “Asa Branca”!
Ela bateu asas e voou para longe da seca deixando
Triste toda a caatinga e emudeceu todo o sertão!
A saudosa “pomba-carijó” bateu asas e deixou dó!
Levou consigo a pompa de seus voos entristecendo
O sertanejo sem a alegria da sua presença! ...
Ela se foi!... E com ela a esperança da chuva!
“Asa Branca” de tanta tristeza, solidão e esperança...
Ela bateu asas e migrou para outros lares e deixou
Tristonho o sertão e o sertanejo pela sua ausência!
Na essência do bucolismo “Asa Branca” voou!
Jose Alfredo