PAPEL E CANETA
Papel e Caneta
Meus amigos papel e caneta.
A quanto tempo não nos vemos!
Não vos pego a mão direita,
Não vos traço minhas ideias.
Vocês que sempre estão dispostos
A confessarem meus pensamentos
Andam abandonados por mim
Desanimado com o momento.
Você papel que rascunha meus desejos,
Alvo de tantos borrões e rabiscos,
Não imaginas quanto vou escrever-te
Usá-lo como recado e anotações.
Você caneta que nega sua tinta azul
Na branca folha nestas horas incertas
Não tem noção de quão útil tu és
Para minha narrativa na exposição.
Vocês que me acompanham agora,
Desde a pré escola até hoje em dia,
Não sabem a falta que faz na hora
Da minha redação em prosa e verso.
Muitos papeis já se passaram por mim,
Desde o carbono, crepom, ceda e almaço.
Mas nenhum deles substituiu o que és.
Só me resta lamentar o seu abandono.
Chico Luz