CONCRETA
MEDOS
Camuflado na realidade fujo quase sempre
Das verdades que me incomodam!
Anônimo na bôlha da covardia evito as porfias!
Não quero enfrentá-las... Tenho medos!
Medos, que, a vida me oferece para ter coragem!
Mas, nos portos de minhas ancoragens, e, em mares revoltos,
Escondo-me nos baús que me protegem de todos os medos!
Em cada esquina da vida, um perigo eminente...
Medos na noite escura de um fantasma demente!
Nas sombras vejo sempre meu inimigo a me espreitar,
E, me atacar de tocaia... Na surpresa de suas maracutaias!
Tenho medo do incerto... Do mal por perto!
De certo, sou um covarde medroso... Da vida, temeroso!
Medos eu os tenho criados e por mim desejados!
Jose Alfredo