POESIA
POESIA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Pra quem atravessa a noite acordado vendo o amanhecer a raiar com o dia,
Pelos sossegos retroativos a espantar a solidão que traz as profundas melancolias,
Pelas saudosas lembranças naquelas imagens a quem a algo,
ou alguém que muito tempo não a via.
Dos pássaros que anunciam pela alvorada das claridades a romper os cânticos, todavia,
Ri, ri, ri, ri, ri... serve de canção para as liberdades de todos os gêneros de cotovias.
Retornos esperados por sonhos que são sanções marcantes por cada magia,
Por palavras escritas harmonicamente que sobressaem a uma bela obra como poesia.
Sorrisos daqueles que a muito tempo não a sorria...
Pela dor que de livramento conseguiu uma ilustrada forma de alforria.
Das flores que brotam coloridos e alegres a tudo que de conforto se reverência,
Pelo primeiro beijo confrontados a jornada que se inicia.
Para aqueles que vivem sempre ou à espreita de uma realidade regada a luxuosa confraria,
Pelas procissões que passam na ladainha de sua afetuosa romaria.
Descrevendo estes fatores como relaxamento ortodoxo de uma relaxante mordomia,
Da leitura ausente daquele assunto que ninguém nunca a lia...
Pelas virtudes entregues consensualmente a moral, ou, ao desregramento das perdições de quem vive nas orgias.
Carentes as necessidades de quem lava as roupas e louças no rios,
Ou da fartura daquilo que é lavado dentro de uma suntuosa pia.
Atitudes que se transformam inovadoras as velhas manias,
Pelo lado do bem as virtudes daquilo que quando transborda a chia...
Pelo lado do mal pelas desordens que seguem as patifarias.
Por cegueiras a escuridão onde antes nada se via,
Por tudo que se perde, acha ou se cria.
Sobressaindo as vezes uma sentimental poesia,
Com a suma serventia.
As inspirações que surgem as luzes de uma eficaz melodia.
Da alegria que estampa o sorriso,
Ou a ilusão que trás a melancolia.
Por um tempo próximo ou distante por onde nada ou quase nada se resolvia,
Um verso pra lá outro pra cá,
Quando se cria uma recente e envolvente obra com a importante soberania,
Ri, ri, ri, ri... amanhecem os pássaros cantarolando em suas regalias.
Pelo que está pronto as gargalhadas das euforias.
Que faz do poeta a sua maestria,
Surgindo no espaço desocupado da arte numa revolucionária poesia.