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Luz enfraqueceu lentamente,

Do incoerente, escuro se fez.

E no escuro,

Um tanto cego,

Surdo,

Mudo,

Um tanto muro,

O caos é o senhor da vez...

Como é que se educa?

No meio de tanta labuta,

No caos diário da luta,

Professor?

Educador?

Palhaço,

Ou carrasco?

Com tanta luta,

Esperança quase que encurta...

No escuro,

Cadê meus pares?

Cansados,

Oprimidos,

Desmotivados,

Braços amarrados...

Ou cruzados?

Subjugando-se a si...

Por si mesmos subjugados...

Em caminho já curto ao desespero,

Pergunta não cala:

Onde estão meus pares?

Cadê a crença?

Cadê o chão?

Cadê fé na Educação?

E para tanto escuro,

Que solução?

A palavra e o gesto,

Caminho, assim fica aberto.

A palavra falada,

No escuro, se escuta.

E o gesto,

A gente sente...

Ação, reflexão!

A palavra buscada,

Pensada,

A palavra transformada,

Realidade criada!

Anunciar...

Venho anunciar...

Que meus pares assim possam escutar,

Se achegar...

Que sejamos cinco,

Dez,

Mil,

Milharas...

Que vençamos a escuridão,

Pelo brilho conjunto dos olhares...