... Instante
 

 
Não sei se sei de mim agora...
Mais que antes quando tudo era sonho vivo
E em cada instante mergulhei sabendo que a estrada,
ainda a construir, podia ser errante e
afastar meu eu de mim.
 
Não sei se sei de mim agora...
Quando outrora erguia a taça espumante,
E n
amorando a vida tão exuberante,
Em doses r
ápidas sorvi todo o instante,
Que quis sorver meu eu de mim.
 
Não sei se sei de mim agora...
Nos passos não mais tão constantes,
Fugas, ferozes...   Faz-se à caminhante,
Na areia do deserto escaldante,
Com sede de provar meu eu de mim.
 
Não sei se sei de mim agora...
Enraizados os sonhos, a taça, os passos,
Tudo que se passa aproxima do outrora,
Do meu eu, que também, cuidou
De mim. 


Liliane Prado
(Exercício Poético)

 
 
 
 
 Este poema é a 'inspiração original' que posteriormente gerou o soneto "...INSTANTE!" também publicado aqui no Recanto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Liliane Prado
Enviado por Liliane Prado em 23/11/2011
Reeditado em 03/07/2012
Código do texto: T3351832
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