Foto de Feitosa dos Santos
RECOMEÇO DO HOMEM
Cansaço da noite mal dormida,
Seus olhos teimando em fechar,
Pés andarilhos, corpo andrajoso,
Homem taciturno, mas corajoso,
Pesadelos que teimam em voltar.
Coisas que do passado voltam,
Refazendo caminhos sinuosos,
Driblando o sentir do coração,
Nos recônditos da imaginação,
Vagueiam abismos temerosos.
Dia após dia o homem a tentar,
Sobrevida que a ele acrescenta,
O que lhe é preciso no amanhã,
Se do púlpito ou maciez do divã,
Se extravasa ou nada comenta.
Nessa mania corrosiva, virulenta,
Onde o ser humano se enlameia,
Se despe das vestes, se desnuda,
Estende as mãos e suplica ajuda,
Envolto, enredado por sua teia.
Ao homem que carece renascer,
Cada dia, a cada hora, no agora,
Fecundando-se no conhecimento,
Ganha verdade, altivez e alento,
Sem as cicatrizes da velha espora.
Rio, 24/07/2011
Feitosa dos Santos
RECOMEÇO DO HOMEM
Cansaço da noite mal dormida,
Seus olhos teimando em fechar,
Pés andarilhos, corpo andrajoso,
Homem taciturno, mas corajoso,
Pesadelos que teimam em voltar.
Coisas que do passado voltam,
Refazendo caminhos sinuosos,
Driblando o sentir do coração,
Nos recônditos da imaginação,
Vagueiam abismos temerosos.
Dia após dia o homem a tentar,
Sobrevida que a ele acrescenta,
O que lhe é preciso no amanhã,
Se do púlpito ou maciez do divã,
Se extravasa ou nada comenta.
Nessa mania corrosiva, virulenta,
Onde o ser humano se enlameia,
Se despe das vestes, se desnuda,
Estende as mãos e suplica ajuda,
Envolto, enredado por sua teia.
Ao homem que carece renascer,
Cada dia, a cada hora, no agora,
Fecundando-se no conhecimento,
Ganha verdade, altivez e alento,
Sem as cicatrizes da velha espora.
Rio, 24/07/2011
Feitosa dos Santos