Nova Identidade
Lembrando-me do que sempre fiz
Algo estranho me vem à memória
Algumas glórias
Outras derrotas
Mas, por um triz
Alguns feitos faltaram
O momento chegou há pouco tempo
Sem que eu mesma tenha percebido
O quanto ele faz sentido
Virei o jogo
Joguei a toalha
Ainda molhada
Pesada
Reajeitei os móveis
Troquei os quadros
Os guardanapos
As louças
As roupas
Enquadrei a minha vida
Numa nova realidade
Hoje não tenho começos
Nem fins
Tenho a mim
Faço o que gosto
Descarto as futilidades
Jogo aos ares as maldades
E introspecto uma nova identidade
Identidade de alguém
Que não busca a perfeição
Mas que dá vazão
Ao que considera imperativo
Para sua vida já tão vivida
Mas sedenta de emoções
Só possíveis com essa virada
Para serem suportadas
Tenho a mim
Com o mesmo corpo
Mas com a mente renovada
Cruzando caminhos
Até então desconhecidos
Mas vivos
E sedentos por mim
(26/03/2011)
Poesia para o site www.aeln.org - a ser postada em abril.11