Tráfico do poema
Pelo espaço aéreo, pelos hemisférios inusitados
Por aí, por aqui, por todos os lados
Podem usurpar as ideias, os troncos verbais,
A transmutação das alegorias poéticas,
Podem alcançar os vapores da inspiração
Podem até ventilar os mais bem guardados umbrais
Meus ais, meus punhais, meus varais, meus sinais...
Eu sei, há muitos larápios com pseuda filosofia
Raptando os rumores do pensamento quase inédito,
Querendo arrancar à força, da minha língua, a poesia...
Eu sei, alguém leva , alguém sempre trafica,
Podem arrumar em comboios os pesados rompantes
Meus elefantes brancos, negros e azuis
Podem levar tudo
Entretanto, a minha cabeça fica!!!