VENDA DO INTERIOR
VENDA DO INTERIOR
Quero ser poeta,
Mas quero ter uma venda
Numa cidadezinha
Do interior.
No passado os homens
Que vendiam sonhos
Partiam para pescar no Rio,
Eu porem quero ter
Uma venda cheia de coisa fútil
( alem de meus versos)
Como; caderneta para fiar, fumo de rolo,
Lingüiça pendurada no prego,
Chapéu, ferradura, cereal á kilo
Café muido na hora etc...
Quero ser poeta,
mas poeta dono de uma venda
Do interior.