Ano de Eleição

Todo ano é igual

Se for ano de eleição

Mentem e roubam a nação

De forma tão natural

Que o Planalto Central

Virou uma aberração

Já entrou tanto ladrão

Juscelino é precursor...

Conversa não, Seu Doutor,

Queremos trabalho e pão!

Fora o tempo de campanha

O urubu se esconde

E ninguém descobre aonde

Ele busca está sanha

Pois se a obra é tacanha

Menor é o coração

Que despreza o cidadão

E o odeia com furor

Conversa não, Seu Doutor,

Queremos trabalho e pão!

Quando chega o memento

De correr atrás do voto

Ele compra o devoto

Com um saco de cimento

Promete atendimento

Bajula o próprio irmão

Tapas e aperto de mão

São armas do sedutor

Conversa não, Seu Doutor,

Queremos trabalho e pão!

A campanha terminada

Quem ganhou só comemora

Depois some e vai embora

Para roubar e mais nada

E debocha da cambada

Que não tem mais condição

De mudar a eleição.

Chora o povo sofredor:

Conversa não, Seu Doutor,

Queremos trabalho e pão!

Cabem todos neste saco

De esquerda ou direita

Deitam e rolam, que desfeita

Gastam o recurso paco

Deixam o Brasil um caco

Sendo o maior ladrão

Lula quer reeleição

Mas o meu voto não dô

Cunversa não, Seu Dotô,

Queremos trabalho e pão!

A a
Enviado por A a em 31/08/2006
Reeditado em 02/09/2006
Código do texto: T229897