SAUDADE DE MINHA TERRA, saudade de um amor.
Tem dias que alevanto sem querer acordá, é que passei a noite sonhando com coisas de lá... ai minha terra, meu chão... lembranças que no coração prá sempre vai durar!
O rancho alegre arodiado de passarim, vento brisa leve, fresquiii que fim da tarde soprava na cara dagente, sentado na rede, debaixo do juazeiro, água fresca ao alcance de mão, vida que não carecia de nada, se lá tinha de tudo pra se viver e sonhar...
Galinha ciscando, boi mugindo e um cavalo arisco que corria como relampo, bastava vê o laço na mão, passarim voava os quatro cantos do pasto! ai meu Deus qui foi qui eu vim fazer na capitá.
Maria Orora completava todo aquela belezura do lugar; o verde das matas era qui nem o verde de seu oiá... de manhã ainda cedim o canto dos passarim... e Maria Orora acocarada na beira do rio lavava os trem da cozinha, começava o dia com um sorriso que lumiava a alma dagente.
Nois pegava a traia pra ordenhar as vacas, depois o milho pra alimentar a criação e quando no fim da tardinha, com a vara de pescar e ía eu e Maria Orara pra curva do rio, pescar pacu e dourado... as vezes vinha uns piau três pintas, cevados pelos juazeiros que tinham na curva do rio... e passava o tempo pescano adivertino, namorando e molhando a isca, sonhando com o futuro da gente!
De noite acendia uma fugueira no quintal e lá vinha os meninos brinca no clarão da fogueira, correndo como lagartixa de um lado pru outro, as meninas cantavam moda de amor antigo e a luz prateada no céu, era testemunha de uma vida feliz por demais.
O que foi que vim fazer na cidade grande meu Deus!
Era só arresistir a estiagem de chuva, que passava o sofrimento da plantação, mas água não faltava pra beber, banhar e fazer o de comer...
Ai meu Deusnós era tão feliz, tão feliz
eu sonhava nos braço de Maria Orora...
A lida da roça, da moagem a rapadura, da mandioca a farinha torrada, apartando o bezerros das vacas e na noite de lua cheia, sentados na varanda eu dedilhava a viola para Maria Orora cantá as canção que inda trago no meu coração.
"Não há oh! gente oh! não, luar como esse do sertão..."
O tempo agora parece um rio parado na represa, trazendo da memoria as lembranças de Maria Orora a namorada que lá ficou...
Meu pai queria que eu fosse doutor e me fez parti pra capita e me levou pra capital
deixando lá perto de Maria Orara o meu coração.
Voltei com o diploma de Doutor advogado, mas o tempo de mim levou Maria Aurora
deu pra outro o amor que era ´só meu.
Nem ela nem eu
esquecemos aquele tempo tão bonito que a vida deu
e tirou de nois dois.
Nem eu nem ela tivemos coragem de brigar com o destino e hoje nosso olhar foge um do outro, com medo de não resistir...
Eu soube que ela chorou quando soube que eu voltei
e mal sabe ela que eu e minha viola chora todos os dias
a saudade daquele amor.
Tem dia que agente alevanta sem querer acordar
a alma sonha... a saudade fala... os zoius mareia
tirando lá do fundo as lembranças do que fui e sonhei:
Ainda sou apaixonado pru minha terra, apaixonado por Maria Orora
o amor que acabou sem nunca ter fim !
ah! se pudesse acordar pra viver a vida daquele sonho sonhado
eternizava essa noite... o dia que fizemos amor, debaixo de uma mangeira florida
mas que não floriu o nosso amor, nós era tão menino...
era tão pura nosso amor!!!
Tem dias que alevanto sem querer acordá, é que passei a noite sonhando com coisas de lá... ai minha terra, meu chão... lembranças que no coração prá sempre vai durar!
O rancho alegre arodiado de passarim, vento brisa leve, fresquiii que fim da tarde soprava na cara dagente, sentado na rede, debaixo do juazeiro, água fresca ao alcance de mão, vida que não carecia de nada, se lá tinha de tudo pra se viver e sonhar...
Galinha ciscando, boi mugindo e um cavalo arisco que corria como relampo, bastava vê o laço na mão, passarim voava os quatro cantos do pasto! ai meu Deus qui foi qui eu vim fazer na capitá.
Maria Orora completava todo aquela belezura do lugar; o verde das matas era qui nem o verde de seu oiá... de manhã ainda cedim o canto dos passarim... e Maria Orora acocarada na beira do rio lavava os trem da cozinha, começava o dia com um sorriso que lumiava a alma dagente.
Nois pegava a traia pra ordenhar as vacas, depois o milho pra alimentar a criação e quando no fim da tardinha, com a vara de pescar e ía eu e Maria Orara pra curva do rio, pescar pacu e dourado... as vezes vinha uns piau três pintas, cevados pelos juazeiros que tinham na curva do rio... e passava o tempo pescano adivertino, namorando e molhando a isca, sonhando com o futuro da gente!
De noite acendia uma fugueira no quintal e lá vinha os meninos brinca no clarão da fogueira, correndo como lagartixa de um lado pru outro, as meninas cantavam moda de amor antigo e a luz prateada no céu, era testemunha de uma vida feliz por demais.
O que foi que vim fazer na cidade grande meu Deus!
Era só arresistir a estiagem de chuva, que passava o sofrimento da plantação, mas água não faltava pra beber, banhar e fazer o de comer...
Ai meu Deusnós era tão feliz, tão feliz
eu sonhava nos braço de Maria Orora...
A lida da roça, da moagem a rapadura, da mandioca a farinha torrada, apartando o bezerros das vacas e na noite de lua cheia, sentados na varanda eu dedilhava a viola para Maria Orora cantá as canção que inda trago no meu coração.
"Não há oh! gente oh! não, luar como esse do sertão..."
O tempo agora parece um rio parado na represa, trazendo da memoria as lembranças de Maria Orora a namorada que lá ficou...
Meu pai queria que eu fosse doutor e me fez parti pra capita e me levou pra capital
deixando lá perto de Maria Orara o meu coração.
Voltei com o diploma de Doutor advogado, mas o tempo de mim levou Maria Aurora
deu pra outro o amor que era ´só meu.
Nem ela nem eu
esquecemos aquele tempo tão bonito que a vida deu
e tirou de nois dois.
Nem eu nem ela tivemos coragem de brigar com o destino e hoje nosso olhar foge um do outro, com medo de não resistir...
Eu soube que ela chorou quando soube que eu voltei
e mal sabe ela que eu e minha viola chora todos os dias
a saudade daquele amor.
Tem dia que agente alevanta sem querer acordar
a alma sonha... a saudade fala... os zoius mareia
tirando lá do fundo as lembranças do que fui e sonhei:
Ainda sou apaixonado pru minha terra, apaixonado por Maria Orora
o amor que acabou sem nunca ter fim !
ah! se pudesse acordar pra viver a vida daquele sonho sonhado
eternizava essa noite... o dia que fizemos amor, debaixo de uma mangeira florida
mas que não floriu o nosso amor, nós era tão menino...
era tão pura nosso amor!!!